quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mudanças

Agora mesmo, estava conversando com um amigo, sobre as mudanças que a vida nos força a ter. Será mesmo que somos forçados a mudar?
Não digo que somos forçados a mudar, mas acredito que involuntariamente acabamos mudando, seja de forma banal, seja de forma drástica.
Eu, por exemplo, sinto que mudei, em certos aspectos, mudei muito. A verdade é que meus interesses mudaram, e acabei não tenho mais paciência com diversos assuntos e atitudes. Muitas atitudes que eu mesma tinha no passado, hoje, ao ver os outros tendo, acho ridículo. Não citarei exemplos aqui, vai que alguém lê e se identifica com o exemplo? Melhor nem pensar nessa possibilidade.
Muitos colocam a culpa desta minha mudança devido a Universidade. E sinceramente? Acho que ela tem culpa sim! Nem a pessoa mais quadrada existente no universo fica alheia as mudanças que a universidade proporciona. É um novo lugar, uma nova vida, novas pessoas, novas responsabilidades, novos objetivos. Como, alguém me explica ai, ter as mesmas atitudes, logo ser a mesma pessoa, com tantas mudanças? É impossível.
Você pode lutar, relutar e travar uma batalha à tais mudanças, mas uma hora elas virão, você pode nem perceber.
Para falar a verdade, eu era uma dessas pessoas com aversão à mudanças. Apesar de sempre dizer aos quatro ventos que odiava rotina, eu vivia em uma e não gostava muito quando ela mudava, me sentia desprevenida longe da minha zona de conforto, ou seja, quando algo diferente acontecia, comigo ou com aqueles que eram próximos de mim, eu odiava!
Eu era o paradoxo em pessoa quando o assunto era mudanças.
Mas ai veio a universidade. E eu fui obrigada a mudar.
Primeiro passo: eu era/sou muito tímida, e não falava com as pessoas, esperava elas virem falar comigo. Motivo: eu não conhecia ninguém da minha sala.
Tive que falar né? não ia passar cinco anos olhando pro nada excluída num canto da sala. Por favor, pelo menos noção das coisas eu tenho (ou não). O bom foi que logo descobri que não tava sozinha, pois muitos não se conheciam. Acabei ficando mais comunicativa, e assumo hoje, que adorei essa mudança. Muitas dessas novas que pessoas que conheci, são completamente opostas do tipo de pessoa que eu me relacionava na época do Ensino Médio. E isso foi muito bom, conhecer pessoas distintas, sair da zona de conforto, foi maravilhoso.
Para ter noção de quanto mudei, um professor, certa vez, ao me questionar o porque que eu não tinha namorado, usou como argumento o fato de eu ser expansiva e comunicativa. Fiquei pensando: "eu? Expansiva? Comunicativa? Serio mesmo que ele falou isso de mim?"

Foi a partir dai que comecei a pensar e questionar se eu de fato havia mudado e o quanto. Percebi a partir de então, que mudei muito, em vários aspectos. Outros, eu ainda conservo comigo, não acho (até agora) que precisam ser mudados.

Outro fato é que junto com as mudanças, virão os comentários. Muitos deles soarão como repulsa a sua mudança, outros, felizmente, serão com tom de orgulho. Mas como meu amigo muito bem falou para mim, tais comentários só devem ser levados em conta se forem proveniente de pessoas que realmente importam, pois no fim, é somente a própria pessoa que pode dizer se tais mudanças foram benéficas ou não.
Eu não quis necessariamente mudar, mas o meio acabou me influenciando a tal ato.

Um comentário:

Aline Reis disse...

"Muitas dessas novas que pessoas que conheci, são completamente opostas do tipo de pessoa que eu me relacionava na época do Ensino Médio."
Na época do Ensino Médio, parece tanto tempo atrás, mas foi a apenas 6 meses, é um fato de como a gente muda mesmo, mudar faz parte da vida, mas mudar sem perder a essência.
Beijos, saudades de conversar com você Naty.