terça-feira, 8 de junho de 2010

No coração da cidade havia um parque. Um lugar extremamente verde em uma metrópole mundial. Seria um paradoxo nos dias atuais? Mas não foi isso que chamou a minha atenção. Passeando pelas ruas não paralelas próximas ao parque, me deparei com uma cena peculiar. Em uma rua sem carros, haviam casas cujas fechadas estreitas e iguais sustentavam bandeiras de países. Eram casas comuns, de pessoas comuns. Vindo do Brasil, estranhei a cena. Bandeiras na frente das casas? Qual o motivo disso?

Logo percebi do que se tratava. “São nacionalistas”. Rapidamente conclui.

Voltando para casa hoje, este episódio me veio à cabeça. Vi por aqui casas enfeitadas, cheias de bandeiras brasileiras. Uma cena linda, mas que só vemos a cada quatro anos. Nos outros anos, falamos mal do nosso Brasil, dizemos que nada aqui presta.

Quando temos a oportunidade de conhecer um país com uma cultura bem diferente da nossa, estranhamos muitas coisas, entre elas, o sentimento nacionalista. Achamos estranho pessoas que declaram amor à pátria diariamente. Seriam malucos? Não.

Reclamamos também do fato de que quando estamos em um país estrangeiros e nos declaramos brasileiros, as pessoas logo falam de três assuntos: mulher, samba e futebol. Não gostamos da forma estereotipada que falam de nós.

Mas culpa de sermos tratados assim é nossa. Lembramos que o Brasil é um ótimo lugar de quatro em quatro anos, ou seja, em época de Copa do Mundo. Como se pode tratar uma pessoa diferente se ela mesma não faz nada para mudar?

O melhor de conhecer outros países e outras culturas está justamente no retorno a casa. A saudade é tão grande, que logo nos prendemos a algo que lembre o nosso Brasil. Comprei uma camisa da Seleção.

Posso conhecer todo o mundo, mas nada me impedirá de retornar para cá. Por que apesar de tudo, o meu sentimento nacionalista não aflora apenas de quatro em quatro anos.

Um comentário:

Éricka Bitar disse...

aaaaaah *-* fiquei sem palavras, amei final.